DESASTRES NATURAIS

31 \31\-03:00 outubro \31\-03:00 2012 at 10:02 Deixe um comentário

O furacão Sandy matou muitas pessoas em sua passagem pelos Estados Unidos; o tsumani em Bali quase destruiu a ilha; enchentes, terremotos, vulcões assombram boa parte do mundo. Já no Brasil… não vale contar a velha historinha da reclamação dos anjos a Deus que era injusta essa isenção de desastres naturais por aqui que obteve como resposta que o povinho que iria povoar o país seria o desastre. E também não adianta lembrar que sofremos enchentes avassaladoras porque não se pode atribuir à natureza as consequências do mau comportamento humano. As enchentes em nosso país não podem ser classificadas como desastres naturais.

O certo é que somos privilegiados nesse aspecto. Aqui não há vulcões, os abalos sísmicos são reverberações de terremotos que acontecem a uma distância segura, furacões passam ao largo ou se transmudam em tempestades tropicais quase inofensivas, ciclones e tornados nos evitam e enchentes que levam tudo de roldão só conhecemos do noticiário de televisão. E o povinho?

Dizem que se fôssemos colonizados por outro país europeu que não Portugal estaríamos em situação melhor, mas as Guianas, exploradas pela Holanda, Inglaterra e França, indicam o contrário: nada consegue tirá-las do subdesenvolvimento. E nosso povo é bom, criativo, trabalhador e sério, Mas não sabe escolher seus governantes. O que se viu até agora, confirmado pelo julgamento do mensalão só reafirma essa teoria.

Parece que são eles, os políticos, os nossos desastres naturais, a contrapartida a todo esse privilégio de viver num país livre de desastres naturais. Essa é a minha opinião, e me é doloroso ver um escândalo de corrupção fazendo o povo esquecer o anterior. Não consigo mais ter paciência ou compreensão com esses seres abomináveis que parecem ter nascido apenas para surrupiar o dinheiro dos nossos impostos, para deixar crianças sem merenda, para lotar os corredores dos hospitais públicos com pobres de todas as idades como numa antecâmara de gás letal.

O senador Mário Couto, do PSDB do Pará, conta o jornal O Globo em sua edição de 31 de outubro, acusado de desvios do erário público e crimes eleitorais, em discurso no Senado chamou os parlamentares de “ladrões”, afirmou que a corrupção na política brasileira é generalizada e sugerindo que o Senado examine a evolução  patrimonial de todos os deputados e senadores. Estariam enriquecendo com o dinheiro dedos impostos de todos os brasileiros.

São tão maltratados os brasileiros que precisam do poder público para sobreviver que têm medo de reagir, como se sua situação pudesse ficar ainda pior e votam nessas mesmas criaturas sem alma com medo de perder as migalhas que lhes são atiradas, os cartões e bolsas disso e daquilo. Uma covardia.

A cada dia, ao abrir o jornal, como na charge do extinto jornal O PASQUIM, uma mão fechada surge dentre os malfeitos reportados e atinge em cheio a cara da gente. Até quando vai ser assim? Até quando os desvalidos vão morrer por falta de atendimento, crianças não vão ter oportunidade de uma vida melhor por falta de boas escolas e os rios e matas serão abatidos friamente, sem um pensamento sobre as consequências. Até quando vai vigorar a lei da propina? A corrupção endêmica?

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