NOTAS DO PARAÍSO XXXI

7 \07\-03:00 outubro \07\-03:00 2010 at 21:39 Deixe um comentário

* A Marinha espanhola desenvolve ação para localizar centenas de navios naufragados em sua costa, que podem guardar fortunas desconhecidas, para evitar ação de caçadores de tesouros. A boca da barra do rio Paraíba do Sul, nos tempos em que podia ser chamado de rio, era revolta e perigosa. Devem existir navios naufragados com cargas intactas. Fala-se de submarino alemão da 2ª Guerra mundial localizado em frente a barra. Um belo desafio.

* E não se pode esquecer que, segundo Fernando José Martins conta em seu livro, basilar de nossa história, no porto de Gargaú ficavam estacionadas cerca de 14 naus piratas. Só saíam para atacar e roubar navios.

* Eike, sempre ele. Como carecemos de líderes e/ou heróis, as atenções se voltam para o super Eike, o criador do porto imaginado por Wagner Victer no Açu. Sendo o homem mais rico do país, é objeto da curiosidade constante da mídia. A coluna do Ancelmo Góis, no jornal O Globo, registrou na quarta 6, que: “Foi descoberto o segredo do PAC (Plano de Aceleração Capilar) de Eike Batista. O empresário fez ‘interlace’ (espécie de aplique) com um especialista paulista consagrado.” Não é peruca não, viu, gente?

* Na tira de humor “Gente fina”, do excelente Bruno Drummond, da revista de domingo do jornal O Globo de 3 de outubro, uma mulher pergunta a um rapaz se votou consciente. E ele responde: ”Consciente de que não vai mudar porra nenhuma.” Infelizmente essa é a impressão da parte consciente da sociedade.

* Por que, cá entre nós, os eleitores que deram milhares de votos ao palhaço Tiririca e outras excrescências na listagem dos candidatos, estavam conscientes da burrada que faziam, votando em quem pedia o voto prometendo que com ele pior o Congresso não vai ficar? Dá vontade de chorar, né não? Já não chegam os corruptos?

* No diálogo das deliciosas e antenadas “cobras” do escritor e jornalista Luís Fernando Veríssimo, na mesma edição, uma cobra pergunta à outra: “Se as eleições fossem ontem, em quem você teria votado e se arrependido?” Pois como disse um freguês da barbearia “A gente vota nos novos, imaginando que vão se manter puros. E logo se arrepende, pois basta chegar lá para se corromper. Parece que se contaminam.”

* Quase 24% dos eleitores sanjoanenses ou se abstiveram ou votaram em branco ou nulo para presidente da República. Pra deputados e senadores o percentual foi mais alto. Os candidatos deviam aparecer mais no município, para serem conhecidos, pelo menos no ano da eleição.

* Para evitar uma epidemia de dengue no verão, de olho no provável aparecimento da dengue tipo 4, o Coordenador Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue, do Ministério da Saúde, vai voltar a usar o fumacê, no Rio, em larga escala, associado a outras ações. Nada como prevenir, é mais barato e menos sofrimento causa. Se for usado aqui, recomendamos que não deixem de fora os ônibus da Viação 1001.

* Sob inspiração do deputado reeleito Paulo Ramos (PDT), cinco vereadores liderados pelo presidente do Câmara, Alexandre Rosa (PPS), apresentaram projeto de lei transformando a região do 5º distrito em área de tombamento ambiental. O projeto seguiu para a Comissão de Meio Ambiente e para a Comissão de Constituição e Justiça, depois vai ao plenário para votação. Aprovado, o entorno do porto se transforma em santuário intocável e pode impedir a construção de complexo industrial na região.

* Há algum tempo o governo do Estado publicou decreto desapropriando terras na região para criação de distrito industrial, sem consultar a comunidade. Os pequenos produtores não aceitaram, por considerar o valor avaliado para os lotes fora do mercado. E por não saber como as terras irão para os novos proprietários. Em Macaé, os terrenos são vendidos ou alugados, transação direta entre os interessados. Por que aqui o Estado atua como corretor?

* Há produtores rurais vivendo na região há mais de 70 anos, onde contam com o apoio de ampla rede social, e não querem vender suas terras. Progresso assim é predação e cabe aos legisladores defenderem os que não tem como se opor.

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A FUGA DAS PIABAS (infantil)

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